
Do laboratório ao mercado: a jornada da nutricandies e a ciência por trás do upcycling
Do laboratório ao mercado. Há momentos na trajetória de uma startup em que a ciência e o mercado se encontram de forma tão harmoniosa que fica claro: o upcycling não é uma tendência é uma revolução sustentável. E foi exatamente essa sinergia que vi acontecer com a Nutricandies, uma iniciativa que começou com uma ideia simples – transformar o que era descartado em algo valioso – e hoje colhe os frutos não só nas prateleiras, mas também nas revistas científicas de maior prestígio.
Quando a paixão pela sustentabilidade encontra a rigor da ciência
Conheci o Gustavo Henrique Rocha, fundador da Nutricandies, na premiação da Fisa de 2023, quando eu conheci o seu projeto de transformar o mel de cacau (um resíduo líquido da produção de chocolate, muitas vezes desperdiçado) em um ingrediente nutritivo e versátil. Na época, já havia algo palpável: doces saudáveis, cheios de potencial. Mas o que mais me chamou a atenção foi sua obsessão por embasamento científico.
Ele não queria só “fazer um produto sustentável”. Ele queria comprovar que o produto era bom, nutritivo e realmente inovador. E foi assim que nasceu a parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG), onde pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos (PPGCTA) mergulharam em análises complexas para desvendar cada segredo do mel de cacau.
O artigo que validou (e elevou) tudo
Alguns anos depois, o esforço coletivo resultou em uma publicação na Food Research International (uma das revistas mais respeitadas da área, com um fator de impacto de 7.0).
O estudo, co-autorado por: Gustavo Rocha, Lethicya Pires e pelos professores Julião Perreira, Tatianne Ferreira de Oliveira, Gabriel Castiglioni, Igor Savioli Flores e Maria Carolina de Almeida, usou técnicas de ponta como:
- Ressonância magnética nuclear;
- Cromatografia gasosa e líquida;
- Espectroscopia de absorção atômica.
Para revelar, pela primeira vez, o perfil nutricional completo do mel de cacau. Os resultados? Um ingrediente rico em antioxidantes, minerais e compostos bioativos, muito longe de ser “apenas um resíduo”.
Upcycling não é sorte, é método
Muitas vezes, falamos de upcycling como uma prática criativa, mas esquecemos que, para escalar e ganhar credibilidade, ele precisa de dados, pesquisas e validação científica. A Nutricandies é um exemplo perfeito disso:
- Identificou um resíduo subaproveitado (mel de cacau);
- Transformou-o em produto (doces nutritivos);
- Validou seu valor através da ciência (publicação em revista A1);
- Ganhou mercado com um diferencial real (não é só “marketing verde”, é nutrição comprovada).
E agora? O futuro do upcycling é ciência aplicada
Esse caso me faz acreditar ainda mais que o upcycling do futuro será cada vez mais científico. Não basta “reutilizar”: é preciso entender as propriedades, os benefícios e as melhores aplicações. E quando isso acontece, os resultados são incríveis:
✅ Menos desperdício para as indústrias;
✅ Mais nutrição para os consumidores;
✅ Mais oportunidades para negócios sustentáveis.
Se você, assim como eu, se emociona com histórias assim, leia o estudo completo aqui e me conte:
Qual outro resíduo alimentar você acha que merece essa mesma jornada de transformação: do laboratório ao mercado? Vamos discutir nos comentários, ou entre em contato conosco.
Este artigo foi escrito com orgulho e admiração por todos que fazem parte dessa cadeia – do laboratório ao varejo. Parabéns, Nutricandies e equipe da UFG! 🎉
