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Pepsico é processada por Nova York por causa de lixo plástico

Pepsico é processada por Nova York por causa de lixo plástico

Pepsico é processada na justiça pelo estado de Nova York por causa de lixo plástico.

Como é? Sim, o estado de Nova York, nos EUA, alega que a gigante de alimentos polui o meio ambiente com suas embalagens plásticas, colocando em risco o abastecimento de àgua e a saúde pública.

A ação está entre as primeiras de um estado contra uma empresa usuária de plástico. Sim, fizeram um levantamento do lixo perto e dentro do rio da região no últimos 10 anos, e mais de 17% do lixo plástico vem de produtos da empresa, seguida por McDonalds com quase 6% e Hershey’s, com pouco mais de 4%. Se você se perguntou onde está Coca, está em sexto lugar com cerca de 3%.

O que o estado quer?

A ação é para obrigar a PepsiCo a parar de poluir, limpar a contaminação e pagar pelos danos causados. E ainda, implementar uma lei para obrigar as empresas a terem alertas nas embalagens plásticas descartáveis, visando inibir o consumo (lembra da discussão sobre a tendência dos rótulos ambientais semanas atrás? Está aqui.

O estado investiu 18 milhões num sistema para capturar resíduos plásticos flutuantes e entende que quem deve pagar a conta pelo problema é o causador e não o cidadão.

Se por um lado o processo pode ser um passo na luta contra resíduos plásticos, inspirando outros países a fazer o mesmo, por outro, imagine o precedente que esta ação abre. E se todo o planeta resolver processar uma empresa pelo lixo que emitiu no passado?

Ainda não se sabe o desfecho do caso, a empresa afirma ter cumprido seus compromissos, mas adiou a meta de redução de uso de plástico. O problema é que além de não alcançar o planejado, ainda aumentou o problema. Sabe quando você se propõe a emagrecer 5kg em um ano, mas engorda e termina o ano com 15kg a mais? É mais ou menos isso, mas substituindo por toneladas de plástico virgem.

E as empresas responsáveis pela poluição dos outros 83% do lixo plástico na região, também serão processadas com cotas equivalentes à quantidade poluída? O fabricante das embalagens será incluído no processo? E ainda, é possível punir empresas baseado em comportamento passado em vez de implementar leis para cuidar do presente e do futuro? Fica o questionamento.

 
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