Você já deve ter ouvido falar de “reduflação”, mas e “econoflação”?
Na verdade econoflação não existe, eu inventei a palavra numa tradução livre, o que existe mesmo é “skimpflation”.
Reduflação é a redução das quantidades de produtos mantendo seus preços, tipo a barra de chocolate que tinha 200g e hoje tem 90g (para saber mais sobre reduflação veja o nosso artigo sobre o assunto aqui). Já a “econoflação” ou skimpflation é outra forma quase silenciosa de piorar produtos e serviços, por exemplo economizando só na quantidade de carne das refeições prontas vendidas em supermercados no Reino Unido.
Imagina você comprar seu achocolatado favorito e de repente ele ter menos cacau, ou a sua lasanha congelada ter menos carne. Atenção, a quantidade total de produto aqui continua a mesma, o que muda é a proporção dos ingredientes mais caros.
É uma forma de manter as margens de lucro às custas da confiança do consumidor.
No Brasil os fabricantes precisam declarar se seus produtos foram reformulados, o problema é que a gente não sabe o que mudou. Bom, então aquela sensação de que seu produto de retina está piorando com o tempo não é só uma sensação, ela existe mesmo e tem nome.
Eu sou defensora da indústria de alimentos porque essa história de que “a indústria de alimentos quer matar você” é balela, defunto não consome, ou seja, é muito melhor que você esteja vivo pelo maior tempo possível. Só que esse tipo de prática afeta a transparência e a confiabilidade, tão necessária para o consumidor, aí não tem defesa!
Existem maneiras muito melhores e mais éticas de melhorar margens na indústria de alimentos sem enganar o cliente, upcycling é uma delas, traz ganho para a indústria, consumidor e para o meio ambiente. Dá pra ser bom pra todos, vamos conversar sobre isso?
