A Oreo se inspirou na arte japonesa do Kintsugi para valorizar seus biscoitos quebrados
Que história as suas cicatrizes contam? Essas marcas que carregamos são parte da nossa história e nos tornam únicos, perfeitamente imperfeitos.
Infelizmente quando um objeto quebra, a maioria das pessoas o joga fora sem nem tentar consertar, o que gera lixo sem necessidade.
No Japão, o valor das cicatrizes é tal que existe uma técnica para recuperar cerâmicas quebradas chamada Kintsugi. Em vez de esconder as marcas, essa técnica valoriza e dá destaque preenchendo os vãos entre os cacos com ouro, tornando aquela peça totalmente diferente de qualquer outra e celebrando as diferenças e os tropeços da vida.
A Oreo se inspirou na arte japonesa do Kintsugi para valorizar seus biscoitos quebrados no México. É claro que a empresa não usou laca com ouro para unir as partes, mas sim uma pasta feita com seu próprio recheio, tornando a experiência interativa para o consumidor e o consumo mais saboroso graças a linhas extras de recheio.
Na cultura japonesa, o kintsugi vai além dos utensílios de cerâmica, é também uma filosofia sobre se reconstruir em tempos difíceis e valorizar os momentos de quebra, porque eles nos permitem construir novas versões de nós mesmos.
Já eu acredito que o kintsugi é a essência do upcycling, é sobre valorizar o que de outra forma seria descartado e transformar resíduos em novos produtos em seu mais alto valor.
Na Upcycling Solutions® mudamos o destino das partes desprezadas dos alimentos, dos alimentos feios, marcados, mas que só estão esperando uma nova oportunidade de serem transformados em novos produtos.
Seja na cerâmica, nos alimentos ou nas pessoas, as cicatrizes são só um acontecimento na nossa história, mas não precisam definir o nosso destino.
Escrevi este artigo no fina de junho, em julho 2024, no linkedin (veja aqui).
Veja aqui mais artigos de opinião no meu Linkedin Natasha Padua.