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A próxima proteína sustentável é a de… cobra!

A próxima proteína sustentável é a de… cobra!

Depois da onda plant-based com as mais diversas fontes de proteínas vegetais, da proteína de insetos e até das carnes cultivadas (já falamos sobre todos esses assuntos no blog da Upcycling Solutions. Não conhece? Então clica logo aqui) a próxima espécie de interesse é a cobra.

Se você lembrou dos filmes de Indiana Jones, é claro que a ideia não é essa, mas sim o cultivo e abate como acontece em qualquer frigorífico.

Um estudo publicado este mês defende que, como a criação de gado é um processo ecologicamente desgastante para o planeta, cobra pode ser a alternativa.

Cobras, em especial as pítons, que foram usadas no estudo, são de grande porte e crescimento rápido, com altas taxas de conversão alimentar e podem tolerar longos períodos de jejum sem perda substancial de massa (elas podem passar meses sem comer sem perder peso), ou seja, é uma espécie resiliente.

Elas ainda têm potencial no controle de pragas de roedores e produzem muito menos resíduos sólidos que os mamíferos. Mais de 80% dela pode ser aproveitada desde a carne ao couro, gordura (óleo de cobra) e a vesícula biliar, que possuem propriedades medicinais. Antes de torcer o nariz, saiba que nada é desperdiçado, até o veneno de cobra é valioso, o captopril, remédio para hipertensão, foi desenvolvido a partir da molécula da Jararaca no Brasil.

Sua carne, segundo especialistas, tem sabor próximo ao do frango. Por todas estas razões, cobras são um bom investimento tanto para os agricultores quanto para o planeta, principalmente num contexto de mudanças climáticas e insegurança alimentar. Resta saber se algum dia você, consumidor, vai alinhar também. E aí, topa?

 
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