Plástico ou comida? – As novas embalagens sustentáveis
Cientistas do mundo inteiro estudam substitutos ecológicos para o plástico e o isopor. Por ano mais de 80 toneladas de isopor é produzido no Brasil e só 8% disso é reciclado.
A Coca-Cola produz garrafas com 30% de matéria-prima vinda de cana de açúcar desde 2010. Essas garrafas parcialmente vegetais reduzem a dependência do petróleo usado na fabricação do plástico e diminuem as emissões de gás carbônico, principal causador do efeito estufa. A Coca garante ainda que não utiliza cana de áreas de plantio destinadas à produção de alimentos. Afinal, qual seria o ganho em produzir algo sustentável ao meio ambiente, mas às custas da fome da população?
Em Harvard, foi desenvolvido um bioplástico feito com cascas de camarão. Para isso utiliza-se a quitosana, que possui quitina, um polissacarídeo resistente, presente no exoesqueleto do camarão. A vantagem do uso de cascas é que elas já são geralmente descartadas pela indústria. Esse plástico é resistente, transparente, reciclável e biodegradável. Além disso, libera nutrientes para as plantas, quando descartado no solo.
Outra novidade é o substituto para o poliestireno expandido, mais conhecido como isopor (esferovite, em Portugal). Criado por uma estudante do ensino médio no Brasil, é feito fibra de cana de açúcar. Enquanto o isopor demora até 100 anos para se decompor no meio ambiente, sua versão vegetal demora apenas um mês para se desfazer. O projeto foi premiado nos EUA e agora aguarda patente. Ela espera que alguma empresa se interesse pela produção em escala.
Para diminuir o lixo, o asfalto da VolkerWessels, empresa holandesa, é feito inteiramente com plástico reciclável. Entre as vantagens: redução do uso de matérias-primas de petróleo, diminuição da poluição gerada na produção de asfalto e a baixa necessidade de manutenção. O material suporta ainda grandes variações de temperatura, é leve e sua instalação é mais rápida que a convencional. Também é oco, para a passagem de cabos e encanamentos sob a superfície.
Esperamos que logo essas novidades sejam a regra e não mais a exceção no mercado.
Artigo originalmente escrito em 23/08/2015 e republicado em 10/01/2023
Referências: Rumo Sustentável, Rede Globo, Exame, Minas Sem Lixões, Exame, Diário Verde.
Aqui é a Luana Da Silva, achei seu artigo excelente! Ele
contém um conteúdo extremamente valioso. Parabéns
pelo trabalho incrível! Nota 10.
Oi Luana. Obrigado pelo comentário. Veja outros conteúdos no blog e continue participando.
[…] vez que falamos de bioplástico feito a partir de resíduos da indústria de pescado foi em 2015 aqui, de lá para cá surgiram muitos novos bioplásticos, mas as escamas de peixe continuam a inspirar […]