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Cinza de bagaço de cana na pavimentação: inovação para infraestruturas mais resilientes

Cinza de bagaço de cana na pavimentação: inovação para infraestruturas mais resilientes

Pesquisadores da Universidade Estadual de Maringá (UEM) descobriram que substituir parte dos agregados minerais por cinza de bagaço de cana de açúcar (SCBA) em misturas asfálticas melhora a resistência e durabilidade das rodovias, além de reduzir o impacto ambiental.

A proposta reutiliza um resíduo agrícola abundante no Brasil e oferece uma alternativa sustentável para a construção de estradas.

O estudo, publicado na Scientific Reports, destacou que o Brasil, com 55% de suas rodovias apresentando defeitos, enfrenta desafios com a qualidade das estradas. Simultaneamente, a queima do bagaço nas usinas gera toneladas de cinza, sendo grande parte desperdiçada.

Com a substituição de 5% dos agregados tradicionais por SCBA, foram observados resultados expressivos: 40% de aumento na estabilidade, 22% na resistência à tração, e 73% de melhoria na resistência à deformação. Aplicada na BR-158, a mistura mostrou 18% mais capacidade de resiliência, essencial para suportar tráfego pesado.

Além do desempenho superior, a solução é ambientalmente benéfica, pois reutiliza resíduos, reduzindo a extração de minerais e as emissões de carbono. A SCBA também pode diminuir custos na pavimentação, consolidando-se como uma alternativa eficiente e sustentável para a infraestrutura rodoviária brasileira.

▶ Fonte: Meteored
▶ Veja o artigo completo aqui.

Nota: O bagaço de cana-de-açúcar é queimado para gerar energia elétrica e para outros fins, como a produção de etanol e fertilizantes. A queima do bagaço de cana é feita em caldeiras, onde o resíduo é quemado e gera vapor que gira uma turbina. A turbina está interligada a um gerador, que entra em movimento e gera energia elétrica.  O bagaço de cana é uma fonte de energia renovável e sustentável, pois evita a exploração de recursos não renováveis. Além disso, a queima do bagaço libera menos carbono do que se ele fosse deixado a se decompor naturalmente.

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