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Greenhushing: não deixe que o medo do greenwashing coloque a sua empresa nessa situação

Greenhushing: não deixe que o medo do greenwashing coloque a sua empresa nessa situação

Sabe o que é o Greenhushing. Aquele ditado de que feito é melhor que perfeito ou que “um bom plano rigorosamente executado agora é melhor do que um plano perfeito na próxima semana” é a pura verdade.

O impacto que você declara é melhor que o que deixa de declarar, mesmo que ele ainda precise de melhorias.

Há umas semanas a Riachuelo esteve no centro das atenções devido às roupas dos atletas brasileiros patrocinadas e produzidas pela empresa para as Olimpíadas. Não, eu não vou falar sobre a beleza – ou ausência dela – nos looks, e sim da polêmica dos tecidos upcycled.

Seria um motivo para comemorar, porém essas roupas não eram 100% feitas a partir de fibras provenientes de resíduos têxteis como a empresa declarou, mas apenas 23%.

Em vez de vir a público, assumir o erro e declarar seu real impacto, a empresa se calou, ou seja, preferiram o greenhushing ou “silêncio verde”, que acontece quando a empresa simplesmente omite seus dados de sustentabilidade. Já que não era perfeito, tiraram o post do ar e fizeram a informação desaparecer.

É certo que a pressão contra o greenwashing está aumentando, termos genéricos já não têm mais espaço, mas encobrir a situação não é bem um progresso.

O silêncio verde torna as empresas menos ambiciosas com suas metas de sustentabilidade e leva a menor partilha de soluções, atrasando o progresso de todos.

Sustentabilidade é um desafio, mas a jornada não pode ser pela sombra. Tanto se fala em colocar o consumidor no centro, mas que mensagem estamos passando ao esconder dele informações importantes?

Como equilibrar a pressão contra o greenwashing sem exigir uma perfeição inatingível?

O caminho é a transparência.

Upcycling também é sobre transparência. Em ambos os casos precisamos de diálogo honesto sobre o vai bem e o que precisa melhorar.

Sustentabilidade, diferente das Olimpíadas, acontece todos os dias, não só de quatro em quatro anos!

Escrevi este artigo no fina de junho, em agosto de 2024, no linkedin (veja aqui).

Veja aqui mais artigos de opinião no meu Linkedin Natasha Padua.

 
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