Silêncios que Nutrem: empatia é o que move Rosemeire Monteiro
Com uma bagagem de 24 anos na indústria alimentícia, Rosemeire Monteiro traz uma perspectiva dos bastidores dessa área no novo episódio do Silêncios que Nutrem
Rosemeire Monteiro trabalhou durante 24 anos na indústria alimentícia. Formada pela Universidade de São Judas Tadeu, atualmente é analista administrativa sênior na Up Brasil.
A terceira convidada do projeto Silêncios que Nutrem compartilhou insights sobre os desafios e recompensas da carreira na área de alimentos.
Caso você não tenha visto as primeiras entrevistas do projeto, dê uma olhada clicando aqui e aqui.
O trabalho
Rose, que é natural de Brasília mas mora em São Paulo, ingressou na indústria alimentícia após conseguir um emprego em uma casa de aromas e fragrâncias. O verdadeiro prazer dela vem ao ver os produtos que ajudou a desenvolver nas prateleiras.
- O que te levou a trabalhar com o ramo de alimentos?
Primeiro foi a oportunidade de vaga de emprego que surgiu de trabalhar em casas de aromas e fragrâncias. Trabalhei na indústria durante 24 anos.
- O que é mais desafiador em sua profissão? E o que é mais recompensador?
O mais desafiador é o atendimento ao cliente, por ser produções de Business Unit bem diferente em relação a lead time e processos, nem sempre se consegue atender em um tempo curto. O mais recompensador é ver o produto na prateleira e saber que você contribuiu para aquele lançamento.
- Como é a rotina típica de um dia de trabalho para você?
A rotina típica era entrar com os pedidos no sistema o mais rápido possível para não perder lead time, reunião com time de planejamento, análise dos pontos críticos, reunião com clientes, forecast.
- Como é um típico dia no seu trabalho?
Correria, mudanças de planos por atraso em alguma importação, reuniões, feedback ao cliente.
- Qual você diria que é a sua melhor característica como profissional? E como pessoa?
Minha melhor característica é saber escutar, ter empatia e buscar soluções para problemas. Eu aprendo e busco ensinar o que sei.
A empatia e o foco no cliente
Apesar dos desafios, Rosemeire encontra satisfação em ajudar os clientes e buscar soluções para seus problemas. Para ela, o cliente é o foco do negócio e, para lidar com ele, é necessário empatia.
- O cliente tem sempre razão?
Nem sempre o cliente tem razão, mas ele é e deve ser o centro, o foco do negócio. Precisa entender o que ele precisa, quais são suas dores e o que pode ser feito para melhorar sua experiência durante a jornada. Até para dizer ao cliente que ele não tem razão, necessita entender o que está doendo naquele momento e procurar dar um suporte. Ele precisa se sentir apoiado e acredito que dessa forma alcançará a fidelização.
- Trabalhar com clientes lhe tornou uma cliente melhor?
Sim. E posso dizer que já trabalhei sendo cliente, atuei por um tempo na área de compras e depois, fui atender clientes. E, atendendo o cliente, você começa a se questionar sobre processos e melhorias nos serviços que você procura.
- O que é mais importante ao lidar com pessoas?
Empatia. A satisfação do cliente é algo muito subjetivo.
Tendências e mudanças no ramo de alimentos
Ao longo dos anos, Rosemeire testemunhou mudanças significativas na indústria, especialmente em relação à demanda por soluções sustentáveis e embalagens inovadoras.
Quando se trata das tendências mais recentes na indústria de alimentos, ela destaca a automação de processos como uma mudança significativa.
- Quais são as tendências mais recentes na indústria de alimentos e como elas afetam o seu trabalho?
A tendência mais recente é a automação de processos na rotina do atendimento ao cliente, desde a entrada do pedido até outras atividades. Essa automação afeta positivamente, pois pode gerar eficiência e produtividade. Sem contar que rotinas repetitivas podem ser substituídas por outras atividades.
- Quais foram as mudanças mais significativas que você observou no setor de alimentos ao longo dos anos e como foi se adaptar a elas?
As mudanças que percebi foi que os clientes queriam ter menos estoque em seu armazém e ter flexibilidade junto ao fornecedor de ter pedidos mãe ou até mesmo estoque para entrega imediata. E, outro ponto são clientes voltados para sustentabilidade, o que gerou demanda de embalagens e processos de entrega.
Rose além da carreira
Fora do escritório, Rosemeire é uma pessoa dedicada à família e aos estudos. Quando questionada sobre sua definição de sucesso, ela destacou a importância do equilíbrio entre trabalho e qualidade de vida.
- Quem é você sem o crachá?
Eu sou uma pessoa que gosta de aprender, estudar e ensinar. Sou mãe, filha, irmã e mãe de duas dogs.
- Qual a sua definição de sucesso? Se não atingiu, o que te falta para chegar lá?
A minha definição de sucesso é conseguir agregar à minha atividade o conhecimento e experiência que tenho. Eu não relaciono o sucesso ao dinheiro, mas à qualidade de vida em um ambiente de trabalho, a ter tempo para cuidar de você e sua família. Hoje, posso dizer que alcancei o sucesso.
- Se você pudesse mudar um passo na sua carreira, o que faria diferente?
Eu mudaria alguns caminhos que percorri, como aproveitar mais as oportunidades de estudos e cursos.
- Se sua vida virasse um livro, qual capítulo não poderia faltar?
Não poderiam faltar todas as mudanças que enfrentei na minha vida. Tanto as que aconteceram por minha opção quanto as que foram impostas. O importante seria falar sobre como consegui renascer em cada uma delas.
Conversa boa passa rápido!
Essa foi nossa conversa com a Rosemeire, o que achou? Ela é a terceira entrevista do projeto Silêncios que Nutrem, que tenta dar voz àqueles que da ramo alimentício que nunca foram escutados.
Caso você queira se conectar com a Rose, você pode encontrá-la aqui.
Já a nossa série, vai continuar!